Temos, em nosso organismo, cerca de 10 trilhões de microrganismos, alguns deles patogênicos (que causam doenças) e outros comensais (que contribuem para a manutenção da nossa saúde). O desequilíbrio entre eles gera a chamada disbiose,  que muitas vezes está associada ao surgimento de algumas doenças.

Mas, como saber se eu tenho disbiose? Há algum exame para isso?

Atualmente, temos, no Brasil, o sequenciamento genético do microbioma, com a técnica 16SrRNA, que possibilita identificar até 92,5% dos gêneros de bactérias. Com ele, podemos identificar padrões de distribuição das bactérias, nos mostrando se nossa microbiota está dentro de um padrão de equilíbrio ou de disbiose.

A disbiose está associada a pior imunidade e ao surgimento de doenças , como obesidade, doenças inflamatórias intestinais, diabetes, artrites, depressão e até o câncer, dentre outras. Com base no sequenciamento, podemos elaborar estratégias personalizadas de abordagens dietéticas e com o uso de pré e probióticos.

Pode atuar como um importante coadjuvante no tratamento ou até na prevenção de doenças, pois alguns padrões de distribuição de bactérias podem anteceder o surgimento de sintomas, como no caso da artrite reumatóide.

Sem dúvida, é uma importante ferramenta que vem ganhando cada vez mais espaço no manejo da saúde e de diversas doenças, com um futuro muito promissor.

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